Em tempos de redes sociais, sites e Google, muitos médicos se perguntam: será que eu mesmo posso cuidar do meu marketing digital? A resposta direta, segundo John Martin, especialista em marketing médico da SEO Martin, é sim, mas com muito cuidado.
Neste artigo, com base em sua participação no podcast GuiaConsultório #02, vamos refletir sobre os riscos, as possibilidades e os caminhos mais seguros para quem está começando ou quer melhorar sua presença digital.
Conheça o trabalho do John Martin:
De fato, nada impede que um médico faça seu próprio marketing digital. Existem ferramentas acessíveis, vídeos tutoriais, cursos gratuitos e até plataformas que prometem “soluções prontas” para divulgar seu consultório.
Mas John Martin é claro ao destacar um ponto crucial: poder fazer não é o mesmo que fazer bem feito.
O médico passa anos se especializando. Dorme em plantões, enfrenta residências exaustivas, dedica tempo, dinheiro e energia para chegar a um nível técnico respeitado. A rotina é intensa e o foco — como é natural — está no cuidado com os pacientes. Diante disso, quanto tempo e preparo sobra para dominar uma área tão distinta como o marketing digital?
“A maior probabilidade é de errar. E, nesse caso, errar significa perder tempo e dinheiro.”
Errar no marketing não significa apenas fazer um post mal diagramado. Significa comprometer a imagem profissional, gastar recursos sem retorno e, pior, queimar oportunidades preciosas com o público certo.
John traz um exemplo claro: se você compra um microfone para o seu estúdio e percebe que ele não era o ideal, pode revendê-lo. Pode perder parte do dinheiro, mas ainda recupera algo. No marketing digital, um site mal feito, um anúncio mal segmentado ou uma estratégia desconectada do seu público simplesmente evaporam o investimento.
“No marketing digital, você pode queimar todo seu orçamento em poucos dias e não conseguir reverter o prejuízo.”
Apesar dos riscos, John reforça que o médico não deve abrir mão da sua participação nas decisões de marketing, mesmo que opte por contratar uma agência ou consultor.
Afinal, ninguém conhece melhor o público, a rotina e os objetivos do consultório do que o próprio profissional da saúde. Portanto, é essencial que ele acompanhe de perto os caminhos traçados, aprove ou reprovar ideias, traga insumos reais do dia a dia e contribua para que a comunicação seja fiel à realidade da prática médica.
“A última palavra precisa ser sua. Você é quem conhece seu paciente, seu diferencial, sua proposta de valor.”
Se você é médico e está iniciando sua jornada no digital, comece com uma boa recomendação. Peça indicações a colegas, procure profissionais que tenham histórico com o setor da saúde, analise o portfólio. E mais do que isso: observe o que os médicos que te inspiram estão fazendo.
Quer um bom exemplo? Acesse o site de um colega que você admira. Veja o que ele publica nas redes sociais, onde ele aparece no Google, como ele conversa com o público. No rodapé do site, muitas vezes está o nome da agência ou do designer responsável. Isso já te dá um ponto de partida confiável.
“Muitas vezes, quem mais pode te inspirar é aquele colega que começou junto com você e hoje está se destacando. Descubra quem está por trás desse trabalho.”
Outra dica importante deixada por John é: tenha cuidado com as promessas fáceis.
O marketing digital virou moda, e junto com isso surgiram muitos profissionais que, embora bem-intencionados, não têm conhecimento real sobre o segmento médico, ou pior, oferecem soluções genéricas e perigosas, que ferem normas do CFM ou soam artificiais ao paciente.
Marketing é estratégia, e não milagre. O que funciona para um perfil pode não funcionar para outro. É por isso que a personalização e o entendimento do contexto médico são essenciais.
Sim, médicos podem fazer seu próprio marketing, mas precisam avaliar se isso faz sentido dentro da sua rotina, conhecimento e objetivos.
Na maioria dos casos, o melhor caminho é começar com uma orientação especializada, de alguém que entenda as regras do marketing médico, respeite os limites éticos e ajude a construir uma presença digital consistente, segura e efetiva.
Mas lembre-se: terceirizar a execução não significa terceirizar a estratégia. O seu envolvimento, sua visão e sua responsabilidade são insubstituíveis.
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