Melhorar a experiência entre médico e paciente é um dos maiores desafios para quem veste o uniforme branco. O atendimento humanizado incentiva uma conexão mais próxima entre os dois polos da saúde: médicos e pacientes, estendendo a importância dessa relação com suas famílias e suas equipes de cuidadores. A especialista Liz Boehm, referência quando o assunto é relacionamento no núcleo médico, revela que há várias perguntinhas que abrem um frutífero canal de empatia. Aqui, mostramos alguns pontos de interrogação que podem fazer uma grande diferença na vida do paciente e proporcionam um grande alívio! Com ponto de exclamação.
Durante o atendimento, é fundamental manter o contato visual e fazer questionamentos básicos como “Quais são seus desejos?” e claro, a clássica pergunta “Como posso ajudar?”. Inclusive, é importante repensar a formulação de determinada pergunta. Ao invés de falar “Você tem alguma dúvida?”, que tal emitir a frase “Quais sãos suas dúvidas?”?. Nessa última versão, o médico acaba deixando o paciente realmente mais à vontade para expor seus dilemas e sanar suas interrogações. São maneiras simples de colocar em prática o atendimento humanizado e que geram um impacto significativo na vida de quem está doente.
Há outras perguntas que fogem a ideia de um atendimento padrão – são questionamento mais tocantes e que podem apresentam grandes avanços no tratamento do paciente. Abaixo, comentamos duas delas que podem ser colocadas em prática no dia a dia.
Essa é uma questão que pouquíssimos médicos fazem e que podem aumentar o canal de contato com o paciente, em um primeiro momento. Não só aprofundar essa confiança em quem pode salvar a vida debilitada, mas mudar o mood das conversas. É muito comum que o diálogo entre médicos e paciente se resuma a queixas e desconfortos do paciente. A pergunta relacionada às paixões permite que essa conexão seja explorada de maneira mais positiva. Uma resposta negativa, inclusive, pode caminhar para um diagnóstico de depressão que talvez ainda não tivesse sido detectada. Mas geralmente, nota-se respostas positivas, e com isso o médico consegue transportar o paciente para uma outra realidade e mostrar como que o paciente pode colocar em prática suas paixões durante o tratamento, ainda que de maneira adaptada. Fazer uma conexão entre o tratamento e os interesses da vida de um paciente é um incentivo muito mais poderoso que instruções frias e pragmáticas que não levam em consideração o bem-estar dele.
Muitos líderes na área da saúde buscam uma conexão mais profunda entre os profissionais da clínica e os pacientes com suas famílias. Eles geralmente chegam à unidade depois de viajar pelo serviço de emergência do hospital, uma transferência de unidade ou passaram por cirurgias que mudaram a vida deles. Para reconstruir a conexão, os líderes médicos criaram um momento crucial na chegada do paciente – um tempo para os médicos, enfermeiros ou outros membros da equipe se sentarem com o paciente e perguntarem sobre suas necessidades imediatas. Uma pergunta-chave: “Quais são seus maiores medos e preocupações?”. Ela permite que os pacientes expressem preocupações sobre questões que não são exatamente médicas, são anseios que podem desviar a atenção do paciente, que deve estar concentrada no tratamento. Por exemplo, um paciente em quimioterapia que seja free lancer e esteja preocupado com sua instabilidade profissional. Há de se realizar um acompanhamento com psicólogos, coaches e familiares que possam sugerir soluções para esses sofrimentos e aliviar dores que não sejam as do tratamento.
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