Está planejando abrir seu próprio consultório ou busca aprimorar a gestão do seu? Neste podcast, conversamos com o Dr. Arthur Vicentini, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, sobre os principais desafios e estratégias para uma gestão eficiente e lucrativa.
Descubra como utilizar coworkings de saúde, implementar estratégias de marketing médico, organizar as finanças e equilibrar vida profissional e pessoal. Aprenda dicas práticas para atrair mais pacientes, otimizar seu atendimento e garantir o sucesso sustentável da sua prática médica.
Conheça o trabalho do Dr. Arthur Vincentini:
A seguir, reunimos os principais pontos abordados no podcast com o Dr. Artur Vicentini, cirurgião geral e de cabeça e pescoço, e criador do projeto Vivendo de Consultório, ao lado de parceiros da área de marketing em saúde.
Conversamos sobre os desafios que os médicos enfrentam ao abrir e gerir seus próprios consultórios, passando por questões de marketing, gestão financeira, treinamento de equipe e muito mais.
Um dos grandes problemas que muitos médicos enfrentam ao concluir a residência (ou mesmo antes) é a falta de preparo em gestão e administração.
“A gente aprende muito sobre a parte técnica e a operar, mas não aprende nada de gestão. Muitas vezes, até desencorajam a gente a pensar sobre isso.”
Segundo o Dr. Artur
Em faculdades tradicionais, ainda existe certo preconceito em abordar o tema de empreendedorismo e gerenciamento financeiro para o médico. Consequentemente, muitos profissionais se formam sem saber como conduzir suas carreiras de forma sustentável.
Para suprir essa lacuna, o Dr. Artur e seus parceiros criaram o projeto Vivendo de Consultório. A iniciativa oferece:
O objetivo principal é ensinar princípios de gestão e marketing específicos para a área da saúde, ajudando desde alunos de graduação até médicos mais experientes que queiram transicionar de plantões e convênios para uma prática mais focada em consultório particular.
Tradicionalmente, o médico alugava uma sala comercial, reformava, comprava equipamentos e contratava secretária. Porém, novos modelos surgiram nos últimos anos, como os coworkings de saúde:
“Em 2017, surgiu um projeto de coworking de saúde, o Livance, no qual você paga um valor mensal fixo pequeno e, depois, apenas quando de fato usa o espaço, uma espécie de ‘taxímetro’. Isso facilita muito para quem está começando, pois não há necessidade de altos investimentos iniciais.” – Dr. Artur Vicentini
Além de dar flexibilidade de horários, o coworking amplia a “capilaridade” — a possibilidade de atender em diferentes locais e assim alcançar pacientes em regiões diversas (Alphaville, regiões centrais etc.), tornando-se um modelo estratégico para novos profissionais.
Depois de abrir o consultório (seja em modelo tradicional ou coworking), vem o grande desafio: atrair pacientes. Nessa fase, entra o marketing médico. É preciso tornar-se “visível”, usando ferramentas adequadas e, claro, seguindo as normas do Conselho Federal de Medicina:
“Quem não é visto não é lembrado. Seja por indicações boca a boca, pelas redes sociais ou via plataformas online de agendamento, é fundamental que as pessoas saibam que você existe.” – Dr. Artur
Ter um site profissional, redes sociais alimentadas com conteúdo de valor e perfis em plataformas como o BoaConsulta ajuda muito. Hoje em dia, o paciente pesquisa o médico no Google para validar indicações ou encontrar especialistas.
Mais do que atrair, é preciso reter o paciente, e a experiência faz toda a diferença. Atenção e empatia geram confiança:
“No consultório particular, começamos um relacionamento que pode durar anos. Tempo e atenção são ativos que você deve oferecer. Se o paciente sente que você está correndo, distraído ou sem dar suporte no pós-consulta, ele pode não voltar.” – Dr. Artur
No início, alguns médicos emitem apenas recibos. Porém, isso pode gerar carga tributária elevada (podendo chegar a 27,5% de IRPF) e problemas com a Receita Federal. Por outro lado, a abertura de CNPJ permite uma tributação menor (por volta de 13% a 15%, dependendo do regime).
“Mesmo atendendo poucos pacientes, já pode valer a pena abrir empresa, emitir notas fiscais e facilitar a vida do paciente que busca reembolso.” – Dr. Artur
Calcular o valor da consulta envolve entender custos fixos e variáveis: aluguel ou coworking, secretária, deslocamento, tributos e seu pró-labore desejado. Você deve saber quantos pacientes precisa atender para pagar contas e, a partir daí, definir preço.
“Não adianta alugar uma sala a R$ 50/hora e cobrar só R$ 40 de consulta. Você estaria pagando para trabalhar.” – Dr. Artur
A secretária não é só uma agendadora. Ela representa a primeira impressão do consultório:
“Se a secretária atende de forma fria, joga o valor da consulta e desliga, o paciente pode desistir. Mas se ela acolhe, pergunta nomes, interesses, explica reembolso e mostra disponibilidade de horários, as chances de agendar aumentam muito.” – Dr. Artur
Para gerenciar o dia a dia, é importante ter procedimentos padronizados (processos). Desde o checklist de compras até o fluxo de atendimento, cada etapa deve ser clara para toda a equipe.
É possível criar incentivos para a secretária ou auxiliar, como bônus por cirurgias marcadas ou bons feedbacks. Quando a equipe se sente valorizada, o atendimento ao paciente se torna muito melhor.
Oferecer consultas longas, cuidadosas e personalizadas é fundamental, mas isso também afeta quantos pacientes você consegue atender por dia. Alguns recursos para equilibrar qualidade e produtividade:
Com a alta concorrência — estima-se que em 2025 o Brasil formará 45 mil novos médicos ao ano — diferenciar-se é essencial. Algumas dicas:
“Há profissionais com formação duvidosa que têm consultórios cheios graças ao marketing. Imagina então o potencial de um bom médico que saiba se divulgar de forma séria e profissional!” – Dr. Artur
Ao final do podcast, o Dr. Artur deixa um recado inspirador para todos os colegas médicos ou profissionais de saúde:
“Precisamos ser felizes na profissão que escolhemos. Se você está insatisfeito, busque ferramentas, capacite-se em gestão, aprenda marketing. Não é errado ganhar dinheiro, errado é não cuidar bem do paciente. E gestão e organização servem justamente para que possamos oferecer o melhor atendimento e ainda ter qualidade de vida.”
Gostou do conteúdo? Deixe seu comentário ou compartilhe com um colega que precisa dar os primeiros passos rumo a um consultório mais organizado e bem-sucedido! E, claro, fique de olho em nossas próximas publicações no blog da BoaConsulta.
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