Pesquisas recentes demonstram que a expectativa de vida brasileira aumentou cerca de 30 anos no último século. Esse fato, associado a uma queda nas taxas de fertilidade, contribuiu para o que chamamos de inversão na pirâmide etária brasileira, ou seja, a cada dia há mais idosos do que jovens e crianças no país.
Com essa inversão da pirâmide, a presença dos idosos é bastante evidente em clínicas e consultórios médicos. Além de constituírem parte importante da população, sabemos que o processo de envelhecimento demanda mais cuidados e atenção com a saúde.
Portanto, não podemos esquecer que, é preciso focar em um atendimento humanizado, principalmente ao atender um idoso.
Com a maior demanda de pacientes e acordos financeiros com operadoras de saúde de todos os tipos, por vezes podemos encontrar profissionais que precisam suprir uma demanda alta e isso pode tornar o atendimento desumanizado. Principalmente quando são apenas colhidos alguns dados para o diagnóstico e o paciente sai dali com o sentimento que não ganhou a atenção que merecia.
Imagine ir em uma consulta médica em que o profissional não olha em seus olhos, não escuta suas queixas com atenção e parece não se importar com você. Esse não parece ser um cenário muito agradável, não é mesmo? Infelizmente, isso ocorre com uma frequência bem maior do que imaginamos.
O atendimento humanizado é exatamente o oposto dessa situação. É uma forma de tentar entender a realidade do paciente, seus medos, suas angústias e oferecer uma consulta mais solidária e personalizada, de forma mais humana e afetiva.
Um atendimento mais atencioso, que faz o paciente se sentir valorizado, é bom em todas as idades, mas faz-se ainda mais importante quando o paciente é idoso. O processo de envelhecimento traz inúmeras fragilidades: doenças do corpo, doenças da mente, limitações das mais diversas com as quais o indivíduo não estava acostumado.
O envelhecimento traz ainda um fator do qual muitas vezes não estamos atentos. Pessoas idosas tendem a estar mais sozinhas ao longo do dia, pois estão afastadas de seus entes mais jovens, por vezes moram sozinhos e os momentos de interação com outras pessoas se faz justamente em idas ao médico e pequenos compromissos do dia como ir ao banco e ao supermercado.
Por tudo isso, o paciente idoso costuma estar mais sensibilizado com relação à própria saúde. Dessa forma, atenção à forma de falar, cuidado com o paciente e empatia a suas dificuldades são fundamentais.
Muitos idosos possuem dificuldades para se locomover, necessitando de bengalas, andadores ou até cadeira de rodas. Deixar o ambiente acessível e preparado para receber esse tipo de paciente é o primeiro passo para fazer com que ele se sinta acolhido.
Evite tapetes que possam resultar em quedas e deixe espaço livre entre os móveis para o deslocamento de cadeiras de rodas e andadores. Caso o paciente entre andando com dificuldade, auxilie-o em seu deslocamento se ele permitir.
Uma boa comunicação é a chave para o sucesso. É preciso falar de forma clara e escutar o que o paciente tem a dizer. Evite termos técnicos ou excessivamente rebuscados. Lembre-se que muitos idosos possuem dificuldades auditivas devido à idade, então, articule-se de forma ampla e pronuncie bem as palavras.
Muitas vezes, será preciso repetir o que acabou de dizer com outras palavras, por isso tenha paciência. E tente não interromper o paciente com muita frequência. É claro que, às vezes, um certo direcionamento faz-se necessário, porém, na medida do possível, deixe o paciente concluir suas frases. Ao sentir que você o escuta, ele se sentirá muito mais satisfeito. Por último, mas não menos importante: trate-o sempre com respeito.
Portanto, a chave para o sucesso com essa faixa etária com certeza é a paciência e a empatia. Dedique horários mais alargados para seus pacientes idosos, converse e entenda suas angústias.
Entender as necessidades dos pacientes idosos, preparar o ambiente para acolhê-los e ter boa comunicação são maneiras de realizar um atendimento humanizado e acolhedor, e assim, ter seu trabalho reconhecido.
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