Especialista em Marketing Médico dá Dicas para Destacar-se no digital
No episódio #02 do podcast GuiaConsultório, recebemos o especialista em marketing médico John Martin, fundador da SEO Martin, para uma conversa direta, descontraída e extremamente rica sobre como o médico pode e deve se posicionar no digital. O papo foi longo e cheio de dicas práticas, reflexões importantes e alertas valiosos para médicos em diferentes estágios da carreira.
Neste post, organizamos tudo que foi discutido, com profundidade, para você, profissional de saúde, que quer entender melhor como o marketing digital pode transformar seu consultório ou sua clínica. Boa leitura!
Conheça o trabalho do John Martin:
- Principais links: https://www.seomartin.com/links/
- Instagram: https://www.instagram.com/seomartin/
- YouTube: https://www.youtube.com/@UCIGpJvn3AUPoS8n2ZnEkPjg
O Digital Não É Mais uma Opção: Ele É o Ambiente Onde os Pacientes Estão!
John abre a conversa com uma constatação forte: o paciente moderno está 100% conectado. Do momento em que sente um sintoma até a decisão de marcar uma consulta, ele está com o celular na mão, no Google, no Instagram, lendo avaliações ou buscando o médico mais próximo.
“Hoje, se você não tem uma presença digital, é quase como se você não existisse.”
E ele complementa: não se trata só de conquistar pacientes, mas de construir confiança. Mesmo quando um paciente chega por indicação, é comum que ele jogue seu nome no Google. Se ele não encontrar nada — ou pior, se encontrar um site antigo ou reviews negativos — a chance de perder esse paciente aumenta drasticamente.
O Médico é, sim, um Empresário
Muitos médicos ainda resistem à ideia de se enxergar como empresários. Mas, como o John bem coloca, o consultório é um negócio, e como qualquer negócio, ele precisa de gestão e marketing. Desde o momento em que o médico abre seu consultório até a fase de crescimento, o pensamento estratégico é o que garante sustentabilidade.
“O médico precisa sair da ideia de ‘eu só atendo’ para uma visão mais ampla: ‘eu gerencio um negócio de saúde’.”
Marketing médico não é Igual ao marketing comum
Engana-se quem pensa que marketing médico é só aplicar fórmulas genéricas de marketing digital. Há particularidades importantes, como:
- Restrições do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o que pode ou não ser dito em anúncios, redes sociais ou sites;
- A necessidade de humanização da comunicação;
- A diferença entre as áreas: um dermatologista estético comunica de forma diferente de um neurocirurgião.
“O marketing médico tem que respeitar regras, sim. Mas ele também precisa mostrar quem você é — com profissionalismo e sensibilidade.”
Erros Comuns no Marketing Médico
Durante o episódio, John Martin fez questão de destacar que muitos médicos, ao decidirem investir no digital, acabam cometendo erros que não só desperdiçam tempo e dinheiro, mas também prejudicam sua imagem profissional no longo prazo. A seguir, vamos aprofundar os principais equívocos apontados — e, mais importante, entender como evitá-los.
1. Falta de estratégia: agir sem planejamento é um risco real
Um dos erros mais frequentes é começar no marketing digital no impulso: criar um Instagram, publicar fotos do consultório, pagar um site simples… tudo de forma solta, sem objetivo definido.
“O médico vai fazendo por conta própria, em pedaços. Faz o site com um, o Instagram com outro, um post aqui, outro ali. E quando olha para trás, não sabe o que deu certo e o que deu errado.”
O resultado costuma ser frustrante: baixo retorno, pouco engajamento, e um sentimento de que “marketing digital não funciona”. Quando, na verdade, o que faltou foi uma estratégia clara, com definição de público-alvo, posicionamento, metas e planos de ação.
2. Imagem desalinhada: o risco de parecer amador
Outro erro comum é a falta de consistência visual e de mensagem. Muitos médicos mudam constantemente o logotipo, as cores, o estilo de comunicação e até o discurso — o que compromete a construção de uma marca confiável.
“Quem muda tudo o tempo todo transmite insegurança. O paciente quer se sentir seguro, e para isso, ele precisa reconhecer e confiar na sua imagem.”
Um exemplo prático: se hoje seu site é azul e institucional, mas amanhã seu Instagram está rosa e com memes, há um ruído de identidade. A comunicação médica precisa ser coerente, profissional e alinhada com os valores do médico ou da clínica.
3. Autopromoção em excesso — ou ausência total de posicionamento
No marketing médico, tanto o excesso de autopromoção quanto a timidez extrema são prejudiciais.
De um lado, há quem queira “bombar” no Instagram, apostando em frases de efeito, comparações de antes e depois ou frases como “o melhor da cidade” — o que pode até ferir as normas do CFM. Do outro, médicos que têm medo de se expor e acabam se anulando no digital.
“Médico que não se posiciona não constrói autoridade. E médico que exagera na autopromoção perde credibilidade.”
O equilíbrio está em mostrar conhecimento, empatia, trajetória e segurança, sem sensacionalismo. Ou seja, fazer marketing com base em valor e não em vaidade.
Preciso Ter um Site Médico?
A resposta curta: sim. Mas a explicação longa é muito mais interessante.
Segundo John, o site é um pilar estratégico do marketing médico. Ele funciona como vitrine, como cartão de visitas e, principalmente, como ferramenta de convencimento. É onde o paciente vai buscar segurança para marcar uma consulta.
Ter um site profissional, com domínio próprio e conteúdo relevante, passa confiança. Não é luxo, é necessidade.
Ele ainda explica as opções disponíveis:
- WordPress: ideal para quem quer crescer no Google e produzir conteúdo.
- Wix ou plataformas similares: bons para começar, mas limitados.
- BoaConsulta: além de funcionar como perfil digital, tem agendamento, avaliações e presença em SEO local.
Instagram, YouTube, TikTok? Onde o Médico Deve Estar?
John recomenda: garanta o seu nome em todas as redes sociais, mesmo que você não atue em todas.
E mais: a escolha da rede ativa deve levar em conta dois fatores principais:
- Sua especialidade;
- Seu público-alvo.
Por exemplo:
- Um dermatologista estético pode ter grande tração no Instagram.
- Um neurocirurgião talvez se beneficie mais de conteúdos explicativos no YouTube.
- Um pediatra pode usar TikTok ou Reels com conteúdo voltado aos pais, não às crianças.
“Você não precisa estar em todas. Precisa estar onde faz sentido para sua especialidade e seu jeito de comunicar.”
Google Ads e SEO: Investimentos Que Dão Retorno Real
Google Ads: investimento inteligente
John recomenda o Google Ads como o primeiro passo para quem quer atrair pacientes rapidamente. Isso porque o Google é onde a maioria dos pacientes pesquisa diretamente por médicos em sua região.
“Se você anuncia para ‘ortopedista em Moema’, você aparece para quem está realmente pronto para agendar.”
SEO: resultado de médio e longo prazo
Já o SEO (Search Engine Optimization) exige consistência e tempo, mas tem excelente custo-benefício. Produzir conteúdo sobre doenças, sintomas, procedimentos e dúvidas frequentes aumenta seu tráfego orgânico e sua autoridade.
“Quando o paciente lê um artigo seu, assiste um vídeo, entende seu jeito de explicar — ele já entra mais confiante.”
Marketing de Conteúdo: A Base da Autoridade
Criar conteúdo é, segundo John, uma das formas mais poderosas de construir autoridade médica. E conteúdo aqui não se limita a textos em blog. Pode ser vídeo, áudio, post carrossel, stories…
Mas a regra é clara: precisa ser útil, verdadeiro e bem feito.
“Se você quer cobrar mais, atrair pacientes mais qualificados e ter menos objeções, comece a educar seu público com conteúdo.”
E Se Eu Não Quiser Aparecer?
John é direto: aparecer ajuda muito. Mas não é obrigatório.
O importante é entender que, se você opta por não aparecer, você terá que compensar em outras frentes, como investir mais em tráfego pago ou criar materiais com design profissional e linguagem humanizada.
Agência, Equipe Interna ou Sozinho?
Uma das dúvidas mais comuns entre médicos que desejam investir em marketing digital é: quem deve cuidar disso tudo? Eu mesmo? Contrato uma agência? E se eu tiver alguém interno?
John Martin responde com clareza: não existe fórmula única. A escolha ideal depende do estágio em que você está, da sua disponibilidade de tempo, do seu orçamento e — principalmente — da sua visão de crescimento.
Vamos analisar as possibilidades?
Está começando? A agência certa pode ser seu melhor atalho
Se você está abrindo o consultório agora, ainda sem uma base sólida de pacientes ou sem conhecimento de marketing digital, contar com uma agência especializada no segmento médico é uma forma inteligente de evitar erros comuns e encurtar o caminho até os primeiros resultados.
“A agência certa já conhece as limitações legais do marketing médico, entende o comportamento do paciente e consegue orientar desde a escolha do posicionamento até a construção do site.”
Além disso, uma agência pode cuidar de tudo (site, redes sociais, anúncios, conteúdo), permitindo que o médico foque no mais importante: atender bem seus pacientes.
Consultório em funcionamento? Um braço interno pode acelerar processos
Se você já tem um consultório ativo, com fluxo constante de pacientes e alguma presença digital, ter alguém interno cuidando do marketing pode ser um diferencial. Essa pessoa pode atuar de forma próxima à sua rotina, ajudar com ideias de conteúdo, gerenciar as redes sociais, responder mensagens e dar agilidade à comunicação com a agência (caso você ainda tenha uma).
Mas atenção: isso exige gestão. Ter alguém interno significa treinar, acompanhar e alinhar expectativas.
“Não adianta contratar alguém de marketing se você não sabe o que quer. O médico precisa participar — mesmo que minimamente — das decisões.”
Está crescendo rápido? Considere o modelo híbrido: equipe + agência
Para clínicas maiores ou consultórios em expansão, o modelo híbrido costuma funcionar muito bem. Nesse formato, uma equipe interna toca a produção do dia a dia, enquanto a agência entra com expertise estratégica, campanhas mais complexas, relatórios de performance e visão de longo prazo.
“Esse modelo une o melhor dos dois mundos: agilidade e profundidade. Mas exige mais organização, porque você agora precisa orquestrar mais gente.”
Um exemplo? Uma clínica com várias especialidades pode ter um profissional de marketing interno criando conteúdo e fazendo gestão das redes, enquanto a agência cuida do Google Ads, SEO e posicionamento estratégico.
E se eu quiser fazer tudo sozinho?
Sim, é possível. Mas é importante ser realista. Fazer seu próprio marketing exige tempo, aprendizado e consistência. E como John alertou no episódio:
“Se você investiu 10, 12 anos estudando medicina, será que vale a pena agora estudar mais 2 ou 3 anos para virar especialista em marketing também?”
Para quem deseja ter controle total e está disposto a aprender, pode funcionar. Mas para a maioria dos médicos, delegar para profissionais qualificados e manter-se como decisor estratégico costuma ser o melhor caminho.
A Importância de Avaliações e da Reputação Online
Você já pesquisou seu próprio nome no Google?
Se não, faça agora. Porque é assim que muitos pacientes chegam até você — e podem decidir não agendar.
A dica do John é manter sua reputação sob controle com:
- Perfis atualizados em plataformas confiáveis (Google, BoaConsulta, Doctoralia);
- Solicitação de avaliações a pacientes satisfeitos (com bom senso e sutileza);
- Monitoramento contínuo de como seu nome aparece online.
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