Padrão TISS: saiba como funciona e esteja de acordo com a ANS

Seguir procedimentos padronizados é importante para a qualidade dos mais diversos segmentos de serviços — o que não é diferente na área da saúde. Nesse contexto, o padrão TISS de guias médicas exerce um papel importante no segmento de saúde suplementar. Você já ouviu falar sobre ele? Exigência da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), esse recurso é elaborado de forma robusta para garantir a estruturação e a esquematização de documentos sobre atendimentos de saúde. Para estar de acordo com a legislação, é fundamental compreender o seu objetivo e conhecer todas as suas características para cumprir com as obrigações. Precisa de ajuda nessa tarefa? Neste post, separamos tudo que você precisa conhecer sobre o TISS. Continue a leitura e descubra como utilizar esse padrão da maneira correta e otimizada. Vamos lá?

O que é TISS?

É a sigla referente à Troca de Informação de Saúde Suplementar. Instituído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, o TISS é utilizado para estabelecer um fluxo de informações entre os prestadores de serviços, as operadoras privadas e a ANS e para garantir o faturamento desses prestadores. O primeiro modelo de padrão TISS foi desenvolvido em 2007 e, daquele tempo para cá, o documento já passou por diversas transformações. Por isso, é importante ficar atento às modificações para garantir que os dados enviados estejam atualizados. O modelo de TISS brasileiro foi inspirado nos documentos utilizados por outros países, como Canadá e Estados Unidos, que contam com sistemas padronizados e robustos de comunicação em saúde.

Como ele funciona?

Antes do surgimento do padrão TISS, os convênios médicos eram os responsáveis por criar guias de atendimento para a autorização de consultas e procedimentos — o que acontecia de forma personalizada, ou seja, diferentemente do acordo com o plano de saúde, o que aumentava o risco de erros e problemas. Com o surgimento do TISS, tudo mudou. Agora, esse documento é estruturado em todos os campos que devem ser preenchidos, o que reflete na padronização dos dados para envio à ANS e no menor índice de intercorrências. Com o faturamento eletrônico e o preenchimento de relatório com geração de um arquivo XML, esse processo é muito semelhante à emissão de notas fiscais eletrônicas. Após ser confeccionado, esse arquivo deve ser enviado para o convênio médico, que, na sequência, deve encaminhá-lo para a ANS. Os componentes organizacionais do TISS são divididos de acordo com o conteúdo, a estrutura, os conceitos de saúde, a comunicação e a segurança. Além disso, existem guias específicas para diferentes tipos de procedimento. A seguir, destacamos as principais delas.

Guia de consulta

Utilizada para atendimentos em consultórios, a guia de consulta contém algumas informações importantes, como o tipo de logradouro, de doença e de consulta e o conselho da profissão, e tem o objetivo de compreender a atuação do profissional.

Guia de solicitação de serviços profissionais

Também chamada de Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia (SADT), essa guia tem o objetivo de informar, ao plano de saúde, quais são os procedimentos que foram executados durante uma consulta.

Guia de serviços profissionais

Essa guia é utilizada para informar qual tipo de atendimento foi realizado. Entre os dados descritos no documento, estão os tipos de doença, de acidente e de acomodação, caso o paciente esteja internado.

Guia de solicitação de internação

Tanto para casos urgentes quanto para eletivos, é preciso pedir autorização para internar um paciente ou, até mesmo, para prestar um atendimento domiciliar, para que o tratamento e o diagnóstico sejam devidamente registrados.

Guia de resumo de internação

Quando o tratamento hospitalar é finalizado, é preciso fazer um faturamento com todos os procedimentos que foram realizados. Mais complexo que os outros tipos de guias, o resumo de internação contém um volume maior de informações, como tipo e tempo de doença, logradouro, conselho profissional e também via de acesso, técnica utilizada e motivo da saída da internação.

Guia de honorário individual

Tem o objetivo de estabelecer e acompanhar os valores pagos, o que é indispensável para o faturamento. Assim, essa guia é utilizada quando o valor é repassado para o profissional sem interferência do consultório, da clínica ou do hospital.

Demonstrativo de pagamento

Esse modelo padronizado funciona como uma espécie de extrato que indica quais foram os procedimentos realizados e o motivo. Assim, a operadora pode autorizar ou não o pagamento, de acordo com o caso. Nesse contexto, surgem as glosas médicas, que é quando alguns valores não são repassados devido a alguma inconsistência ou a algum problema no processo.

Guia de tratamento odontológico

Esse é um tipo de guia específico utilizado por profissionais da odontologia. As informações descritas são simples e incluem as faces dos dentes que passaram por tratamento, o tipo de logradouro e o conselho profissional.

O que diz a legislação?

O padrão TISS é obrigatório por lei — a legislação regulamentadora sobre o assunto é a Resolução Normativa n° 305/2012. Entre as especificações, estão a vedação da alteração do documento pelas operadoras de saúde, assim como a obrigação em respeitar o padrão utilizado pela ANS e a utilização de arquivos XML. Caso os profissionais da saúde, os estabelecimentos clínicos e os hospitalares ou os convênios médicos descumpram a legislação, eles podem sofrer algumas penalidades, como processos administrativos e multas diárias.

Como enviar essas informações?

Como visto, o padrão TISS é uma forma de troca de informações entre prestador e operadora de saúde para realizar o faturamento de seus serviços. A partir disso, os convênios médicos podem informar à reguladora ANS sobre os procedimentos realizados. No entanto, como facilitar esse processo de registro e repasse de informações e garantir que ele seja feito da forma correta? Para isso, você pode contar com a ajuda da tecnologia. O sistema médico desenvolvido pelo BoaConsulta apresenta um recurso de faturamento TISS para cumprir todas as exigências de padronização e integração. Para uma clínica ou hospital que realiza um elevado número de atendimentos por convênio médico, essa funcionalidade é muito útil, visto que evita as glosas médicas causadas por erros de preenchimento e automatiza o processo de emissão e conferência das guias. Com esse recurso tecnológico, a sua instituição pode atuar com maior segurança e eficiência no registro, na manipulação de informações e no faturamento de procedimentos realizados por meio de convênio médico e que devem seguir o padrão TISS. Ficou interessado em garantir essa praticidade para a sua clínica? Entre em contato conosco e conheça o nosso sistema!

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